CONCEITOS

A degradação dos recursos naturais, a insegurança alimentar acentuada em grandes partes do mundo e o aumento de eventos climáticos extremos como resultado da mudança climática são desafios que as universidades têm que enfrentar em todo o mundo. Elas participam na análise de problemas, no desenvolvimento de soluções e na divulgação de inovações para o desenvolvimento sustentável. Se trata das melhorias adaptadas localmente por meio da resolução prática de problemas que podem alterar efectivamente a qualidade de vida das pessoas.

Sustentabilidade

O objetivo de um desenvolvimento sustentável ocupa a comunidade internacional desde o surgimento do relatório do Clube de Roma “Os limites do crescimento” em 1972 e da publicação do relatório de Brundtland na Comissão Mundial sobre Meio-Ambiente e Desenvolvimento (CMED) em 1987. “O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que concilia as necessidades do presente sem comprometer a habilidade de futuras gerações em satisfazer suas próprias necessidades” é a definição mais difundida até hoje do relatório de Brundtland. Desde então surgiram incontáveis publicações e estudos sobre o tema.

O contexto mundial é de uma forte e crescente degradação dos recursos naturais, uma grave insegurança na alimentação em grande parte do mundo e o aumento de eventos climáticos extremos (catástrofes naturais) como resultado da mudança climática. O conceito de desenvolvimento sustentável, em suas diferentes expressões, ocupa-se com a questão da configuração de um desenvolvimento econômico que, de um lado, seja cuidadoso com os recursos e, ao mesmo tempo, seja aceitável socialmente.

Ajustar às necessidades e estruturas locais
Aqui, não se trata do desenvolvimento de esquemas pré-concebidos: muitos conceitos e desafios globais precisam ser ajustados às necessidades e estruturas locais e, de forma contrária, soluções locais, ideias e plataformas de iniciativas inovadoras devem ser mantidas para sua expansão e têm de ser apoiadas para sua valorização. As universidades e suas redes são atores centrais com o seu alto “potencial de difusão” no ensino e na pesquisa. Elas podem construir uma interface entre atores da economia que promovem a busca por soluções sustentáveis para os problemas de desenvolvimento, futuros especialistas e líderes que serão trabalharão na implementação de projetos, programas, conceitos e estratégias, bem como entre atores políticos.

Critérios para a Selecção dos Parceiros

O estabelecimento de parcerias com o sector privado deve concentrar-se nos conteúdos de formação do programa do mestrado na UEM como na UFRRJ, concretamente nas áreas de Governação e Gestão de Recursos, Agricultura, Segurança Alimentar e Nutricional, Redução de Riscos de Catástrofes e Adaptação Climáticas.
Neste sentido, parceiros da economia foram integrados automaticamente ao projeto e constituem importantes iniciativas de base, ao mesmo tempo que configuram como importantes agentes na construção da rede entre universidades e agentes do setor privado (outro objetivo do projeto).

Parceiros em Alemanha, Mocambique e Brasil
Da parte alemã são integradas empresas de consultoria que trabalham nas áreas temáticas mencionadas em Moçambique e/ou no Brasil. Elas têm a expertise necessária para transmitir conhecimento especializado e para auxiliar no desenvolvimento de habilidades sólidas de consultoria para as universidades.
Em Moçambique foram identificados parceiros que trabalham em setores importantes como recursos naturais/ agricultura/ clima, etc. e nas respectivas soluções para questões de sustentabilidade. Pode-se citar como exemplos a especialista em energia solar Gilda Monjane (membro do DAAD Alumni e ex-aluna do curso de mestrado em Maputo); os agricultores da União Nacional dos Camponeses (UNAC), que apoia produtores de pequena escala.
No Brasil foram identificados parceiros como o Parque Nacional REGUA (Reserva Ecológica de Guapiaçu), administrado de forma privada (convidados) e a Associação de Produtores Rurais do Bonfim no estado do Rio de Janeiro.